A importância do aleitamento materno e das fórmulas infantis:
Durante o primeiro ano de vida, período de rápido crescimento, o leite materno é essencial por fornecer proteínas, carboidratos (lactose), prebióticos (oligossacarídeos), lipídios entre outros nutrientes necessários ao desenvolvimento e influenciar respostas metabólicas ao longo da vida. As fórmulas infantis, utilizadas quando a amamentação não é possível, são formuladas para reduzir o teor de proteína do leite de vaca, prevenindo sobrecarga renal e promovendo crescimento saudável, desenvolvimento imunológico, digestivo e cognitivo.1-7
Lipídios em fórmulas infantis:
As fórmulas infantis passaram por grandes mudanças no perfil lipídico para se aproximar do leite materno com a substituição de gordura láctea por óleos vegetais que fornecem energia, ácidos graxos essenciais e melhor absorção.8 Os ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa (LCPUFAs), como DHA e ARA, são fundamentais para o desenvolvimento neurológico, visual e outras funções vitais, especialmente nos primeiros anos de vida.9
A incorporação de DHA pré-formado pelo cérebro é mais eficiente do que a partir de seu precursor. Essa forma favorece maior disponibilidade de DHA para as células neurais, o que contribui para a formação das membranas celulares, melhora da fluidez da membrana e suporte à sinalização e desenvolvimento neurológico. Isso indica que a forma fosfolipídica do DHA pode ter vantagens importantes para a saúde cerebral, especialmente em fases críticas do desenvolvimento.9
Ácido Palmítico na posição beta-2:
O ácido palmítico na posição beta-2 nas fórmulas infantis contribui para diversos benefícios, entre eles:10,11
· Melhora na digestão e absorção de ácidos graxos e na absorção do cálcio;
· Prevenção de constipação intestinal;
· Melhor mineralização óssea;
· Maior número de colônias de bifidobactérias na microbiota intestinal.
Na tentativa de buscar maior proximidade com o padrão-ouro, as fórmulas infantis foram evoluindo ao longo das décadas e, atualmente, é possível trazerem certa semelhança relacionada aos benefícios do leite materno e à composição de lipídio.
A microbiota na primeira infância e o papel dos prebióticos:
Os primeiros meses de vida são essenciais para a saúde futura, com o aleitamento materno sendo a melhor fonte alimentar até os 6 meses e complementado até os 2 anos de idade ou mais.13,14 Os oligossacarídeos do leite materno (HMOs) desempenham um papel crucial no desenvolvimento da microbiota saudável, do sistema imunológico e na proteção contra infecções.13 Para lactentes não amamentados, fórmulas infantis podem ser enriquecidas com HMOs (oligossacarídeos) e prebióticos, como a mistura scGOS/lcFOS (9:1), que contribuem com o crescimento de bactérias benéficas e melhora a saúde intestinal.14-17 Os bióticos – prebióticos, probióticos, simbióticos e posbióticos – podem contribuir para a modulação da imunidade.12,18,19
Informações sobre o produto Aptamil Profutura Gold:
Inspirada na composição do leite materno, a Danone Nutricia lança uma fórmula infantil com nutrientes ainda mais próximos ao padrão-ouro: Aptamil Profutura Gold.20-43 Uma fórmula com a composição PRO4MAX que tem por objetivo atender às necessidades nutricionais de lactentes entre 0 e 12 meses, quando o aleitamento materno não é possível.20-21
O produto busca atingir as necessidades nutricionais da faixa etária, sendo elaborado para lactentes, fornecendo adequadamente nutrientes fundamentais para o crescimento, maturação imunológica, desenvolvimento cognitivo e formação de microbiota saudável.20-21
EXCLUSIVO MIX DE PREBIÓTICOS DANONE
Aptamil Profutura Gold contém adição dos Exclusivos Prebióticos Danone scGOS/lcFOS na proporção de 9:1, totalizando 0,8 g/100 mL. Além de comprovação sobre melhora na consistência e frequência das fezes, semelhantes às de lactentes amamentados, mostrou-se favorável em:
· Fortalecer a imunidade;34-36
o 58% menos episódios de diarreia
o 30% menos uso de antibióticos
o 80% menos episódios de febre
· Estimular o crescimento de 2,5x mais bifidobactérias, promovendo uma microbiota mais saudável e próxima à de lactentes amamentados;
· Apoiar a maturação do sistema imunológico, por meio do aumento na produção de IgA e AGCC (ácidos graxos de cadeia curta).
Aptamil Profutura Gold, com nutrientes ainda mais próximos do leite materno, que contribuem para o desenvolvimento infantil.20-44
O leite materno é o melhor alimento para os lactentes e até o 6° mês deve ser oferecido como fonte exclusiva de alimentação, podendo ser mantido até os dois anos de idade ou mais. As gestantes e nutrizes também precisam ser orientadas sobre a importância de ingerirem uma dieta equilibrada com todos os nutrientes e da importância do aleitamento materno até os dois anos de idade ou mais. As mães devem ser alertadas que o uso de mamadeiras, de bicos e de chupetas pode dificultar o aleitamento materno, particularmente quando se deseja manter ou retornar à amamentação; seu uso inadequado pode trazer prejuízos à saúde do lactente, além de custos desnecessários. As mães devem estar cientes da importância dos cuidados de higiene e do modo correto do preparo dos substitutos do leite materno na saúde do bebê. Cabe ao especialista esclarecer previamente às mães quanto aos custos, riscos e impactos sociais desta substituição para o bebê. É importante que a família tenha uma alimentação equilibrada e que sejam respeitados os hábitos culturais na introdução de alimentos complementares na dieta do lactente, bem como sejam sempre incentivadas as escolhas alimentares saudáveis. |
Os conteúdos disponibilizados no Danone Health Academy são técnico-científicos, destinados exclusivamente aos profissionais de saúde. Estão em conformidade com a Portaria nº 2051/01, a Resolução RDC nº222/02, Lei 11265/06 e Decretos que a regulamentam, conforme a aplicabilidade. Proibida a distribuição a outros públicos e reprodução total ou parcial. É proibida a utilização deste material para realização de promoção comercial. A prescrição dos produtos é de competência exclusiva de médicos e/ou nutricionistas, sendo proibida a indicação pelo profissional de enfermagem e farmacêutico.
Referências:
1. Bhatia J, Shamir R, Vandenplas Y. Protein in Neonatal and Infant Nutrition: Recent Updates. Nestlé Nutr Inst Workshop Ser. 2016;86:1–10.
2. Dupont C, Hol J, Nieuwenhuis EES, and the Cow’s Milk Allergy Modified by Elimination and Lactobacilli study group. An extensively hydrolysed casein-based formula for infants with cow’s milk protein allergy: tolerance/hypoallergenicity and growth catch-up. Br J Nutr. 2015;113:1102–1112.
3. Koletzko S, Niggemann B, Arato A, Dias JA, Heuschkel R, Husby S, Mearin ML, Papadopoulou A, Ruemmele FM, Staiano A, Schappi MG, Vandenplas Y. Diagnostic Approach and Management of Cow’s-Milk Protein Allergy in Infants and Children: ESPGHAN GI Committee Practical Guidelines. JPGN. 2012;55:221–229.
4. Nguyen TTP, Bhandari B, Cichero J, Prakash S. In vitro digestion of infant formulations with hydrolysed and non- hydrolysed proteins from dairy and soybean. Food Funct. 2016;7:4908–4917.
5. von Berg A, Filipiak-Pittroff B, Schulz H, Hoffmann U, Link E, Sußmann M, Schnappinger M, Brüske I, Standl M, Krämer U, Hoffmann B, Heinrich J, Bauer CP, Koletzko S, Berdel D, for the GINIplus study group. Allergic manifestation 15 years after early intervention with hydrolyzed formulas – the GINI Study. Allergy. 2016;71:210– 219.
6. Solé D, Silva LR, Cocco RR et al. Brazilian Consensus on Food Allergy: 2018 - Part 1 - Etiopathogenesis, clinical features, and diagnosis. Joint position paper of the Brazilian Society of Pediatrics and the Brazilian Association of Allergy and Immunology. Arq Asma Alerg Imunol. 2018;2(1):7–38.
7. Solé D, Silva LR, Cocco RR et al. Brazilian Consensus on Food Allergy: 2018 - Part 2 - Etiopathogenesis, clinical features, and diagnosis. Joint position paper of the Brazilian Society of Pediatrics and the Brazilian Association of Allergy and Immunology. Arq Asma Alerg Imunol. 2018;2(1):39–82.
8. Falcão MC. Dynamics of lipid composition of infant formulas and their clinical implications. BRASPENJ. 2020;35(3):294-306.
9. Liu L, Bartke N, Van Daele H, Lawrence P, Qin X, Park HG et al. Higher efficacy of dietary DHA provided as a phospholipid than as a triglyceride for brain DHA accretion in neonatal piglets. J Lipid Res. 2014;55(3):531-9.
10. Jiang T, Liu B, Li J, Dong X, Lin M, Zhang M et al. Association between sn-2 fatty acid profiles of breast milk and development of the infant intestinal microbiome. Food Funct. 2018. 21;9(2):1028-1037.
11. Wu W, Zhao A, Liu B, Ye WH, Su HW, Li J et al. Neurodevelopmental outcomes and gut Bifidobacteria in term infants fed na infant formula containing high sn-2 palmitate: A cluster randomized clinical trial. Nutrients. 2021.22;13(2):693.
12. Wicisnki M, Sawicka E, Gebalski J, Kubiak K, Malinowski B. Human milk oligossaccharides: health benefits, potential applications in infant formulas, and pharmacology. Nutrients 2020; 12;266.
13. Collado MC Cernada M, Neu J et al. Factors influencing gastrointestinal tract and microbial imune interaction in preterm infants. Pediatr Res 2015: 77(6): 726 – 731.
14. Salminen S, Szajewska H, Knol J. The Biotics Family in Early Life. Edited Wiley: vol. 4, 2019; c Suppl (222):32-4.
15. Bruzzese E et al. A formula containing galacto- and fructo-oligosaccharides prevents intestinal and extra- intestinal infections: an observational study. Clin Nutr. 2009;28(2):156-61.
16. Arslanoglu S, Moro GE, Boehm G. Early Supplementation of Prebiotic Oligosaccharides Protects Formula-Fed Infants against Infections during the First 6 Months of Life. J. Nutr. 137: 2420–2424, 2007.
17. Stahl B et al. Anal Biochem. 1994;223:218-26.
18. Thum C, Wall CR, Weiss GA, Wang W, Szeto IMY, Day L. Changes in HMO concentrations throughout lactation: influence factors, health effects, and opportunities. Nutrients 2021, 13: 2272.
19. Urashima T, Hirabayashi J, Sato S, Kobata A. Human milk oligosaccharides as essential tools for basic and application studies from galectinas. Trend Glycosi Glycotechnol 2018; 30: SE51 – SE65.
20. Comparativo de tabela nutricional de produtos da mesma categoria realizado em setembro/2022.
21. SBP Manual de Orientação do departamento de nutrologia: alimentação do lactente ao adolescente, alimentação na escola, alimentação saudável e vínculo mãe-filho, alimentação saudável e prevenção de doenças, segurança alimentar. 2018.
22. ANVISA. Resolução RDC n. 43/2011: Regulamento Técnico para fórmulas infantis para lactentes.
23. ANVISA. Resolução RDC n. 44/2011: Regulamento Técnico para fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância.
24. Koletzko B et al. Am J Clin Nutr. 2009. 89: 1836–45.
25. Ballard O, Morrow AL. Pediatr Clin North Am. 2013;60(1):49–74.
26. Graat et al. Prostaglandins, Leukotrienes and Essential Fatty Acids (PLEFA). 2010; 83 (2): 89–96.
27. Liu et al. J Lipid Res. 2014;55(3):531–9.
28. Wijendran V et al. Pediatr Res. 2002;51(3):265–72.
29. Nowack J et al. Nutr J. 2014;13:105.
30. Litmanovitz I et al. BMC Pediatr. 2014;14:152.
31. Yao M et al. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2014;59(4):440–8.
32. Agostoni C et al. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2004 Nov;39(5):465-73.
33. Moro G et al. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2002;34(3):291-5.
34. Bruzzese et al. Eur J Nutr. 2009;48(2):156–61.
35. Chaturvedi S et al. J Paediatr Child Health. 2018;54(8):875–88.
36. Scholten PS et al. J Nutr. 2008;138(6):1411–17.
37. Ferreira AL et al. Nutr. 2012;15(11):3545-3554.
38. Seo DM et al. Adv Nutr. 2022;10(1):200–10.
39. Hunsberger M & Mingo C. Nutrients. 2020;12 (3558): 1–12.
40. Puccio G et al. JPGN. 2017;64: 624–631.
41. Goh CY et al. JPND. 2019;518:161.
42. Pesquisa de mercado realizada com produtos da mesma categoria em setembro/2022.
43. FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO). Fats and fatty acids in human nutrition. Rome, 2010. Report of an expert consultation. Food and Nutrition Paper 91.
44. Mello CS et al. Alimentação do lactente e do pré-escolar brasileiro: revisão da literatura. J Pediatr (Rio J).2016;92:451–63.