Perda de massa muscular: você sabe identificar e tratar essa condição cada vez mais prevalente?

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O novo consenso europeu atualizado traz diretrizes práticas para diagnóstico, classificação e manejo da Sarcopenia — reconhecida agora como uma doença muscular com impacto direto em quedas, fraturas, hospitalizações e mortalidade.1

Acesse o conteúdo para atualizar seus conhecimentos sobre como detectar e tratar precocemente essa condição que afeta milhões de pessoas no mundo.

 

Referência:

1.CAMPBELL, Wayne W. et al. Dietary protein intake and human health. Advances in Nutrition, v. 10, n. suppl_2, p. S1–S2, 2018. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30312372/. Acesso em: 26 maio 2025.

Sarcopenia: trazemos hoje uma atualização do consenso europeu que propõe novo modelo de diagnóstico e intervenção da sarcopenia.1

O grupo de trabalho europeu sobre sarcopenia (EWGSOP2) atualizou, após uma década, a definição e os critérios para diagnóstico da sarcopenia — atualmente é um tema bem em alta, sendo amplamente discutido, mas agora é, finalmente, reconhecida como uma doença muscular progressiva com impacto funcional e prognóstico relevante. A nova diretriz propõe um modelo diagnóstico em quatro etapas: Find–Assess–Confirm–Severity (F-A-C-S) – em português, poderíamos colocar algo como “Encontrar – Avaliar – Confirmar – Entender a gravidade.1

Ainda, temos os principais pontos abordados neste novo consenso:1

- A força muscular reduzida passa a ser o critério central para identificar a sarcopenia (FIND).

- A confirmação (CONFIRM) diagnóstica ocorre com a comprovação de baixa quantidade ou qualidade muscular, através de análises (por DXA, BIA, ressonância ou outros).

- A baixa performance física define a sarcopenia como grave (Severity).

- A triagem com o questionário SARC-F é recomendada como ferramenta simples e eficaz para uso ambulatorial.

- A sarcopenia pode ser primária (relacionada à idade) ou secundária a doenças crônicas, sedentarismo ou desnutrição.

- O documento também reconhece subtipos como sarcopenia aguda, crônica, e sarcopenia obesidade.

Para o tratamento, segundo o consenso, também trazem novos conceitos:1

1. Exercício físico:

a. É uma das intervenções mais efetivas, especialmente exercícios de resistência/progressão de carga, que demonstraram melhora na força e função muscular.

b. Programas supervisionados são mais eficazes, especialmente em idosos.

2. Intervenção Nutricional:

a. Aliado ao exercício físico, a intervenção nutricional é essencial. O Aporte proteico ideal é fundamental, sendo recomendado assegurar ingestão suficiente de proteínas (em geral, entre 1,0–1,2 g/kg/dia para idosos, podendo chegar até 1,5 g/kg/dia em casos de sarcopenia).

b. Garantir a ingestão adequada de Vitamina D também é destacada como relevante, principalmente quando há deficiência, devido ao seu papel na função muscular.

3. Tratamento de condições associadas

a. Em casos de sarcopenia secundária (decorrente de câncer, insuficiência orgânica, inflamação crônica, etc.), o manejo da doença de base é essencial para controlar a progressão da sarcopenia.

b. Quando associada à desnutrição, o manejo deve incluir reposição energética e nutricional com foco em proteína, vitaminas e minerais, além do estímulo ao apetite e suporte clínico.

Dessa forma, o novo consenso visa facilitar a aplicação prática do diagnóstico precoce, incentivar a adoção de intervenções eficazes e orientar futuras pesquisas na área.

Confira o artigo original na íntegra em: Sarcopenia: revised European consensus on definition and diagnosis - PubMed

 

Referência:

1.CAMPBELL, Wayne W. et al. Dietary protein intake and human health. Advances in Nutrition, v. 10, n. suppl_2, p. S1–S2, 2018. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30312372/. Acesso em: 26 maio 2025.

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