Um dos mecanismos subjacentes para o parto prematuro é a condição inflamatória, pois a inflamação sistêmica pode desencadear apagamento cervical e contração uterina por meio do aumento de prostaglandinas. Assim, como a infecção por SARS-CoV-2 é uma doença inflamatória sistêmica, é possível argumentar que ela pode contribuir para o aumento das taxas.4
Em um estudo conduzido em Bangladesh1, durante a pandemia, crianças admitidas apresentaram maior frequência de desidratação, sepse grave, convulsões, hipernatremia e creatinina elevada (P < 0,05). Entre bebês < 6 meses e aqueles nascidos nesse período, houve aumento significativo de nanismo e emagrecimento (P < 0,05). O risco de morte em bebês < 6 meses também foi maior (OR: 1,66; IC 95%: 0,95–2,92).1
Para esclarecer mais sobre esse assunto, nesta videoaula, o Dr. Paulo Nader, professor-adjunto de medicina e neonatologista na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), aborda o tema “suporte nutricional para prematuros” em diversos tópicos, especialmente, em relação ao coronavírus. Ele compartilha estudos sobre o impacto da pandemia na prematuridade e discute a transmissão do vírus de mãe para bebê. Além disso, o médico discorre sobre suporte nutricional, destacando a importância do leite materno, mesmo quando a mãe é COVID-positiva, as complexidades da nutrição neonatal, como a relevância da expressão genética, e o impacto da nutrição no desenvolvimento a longo prazo. O médico ainda finaliza falando sobre a necessidade de manter a nutrição do prematuro próxima ao que seria recebido no útero, para evitar problemas futuros. Assista ao vídeo e saiba mais!
O leite materno é o melhor alimento para os lactentes e até o 6° mês deve ser oferecido como fonte exclusiva de alimentação, podendo ser mantido até os dois anos de idade ou mais. As gestantes e nutrizes também precisam ser orientadas sobre a importância de ingerirem uma dieta equilibrada com todos os nutrientes e da importância do aleitamento materno até os dois anos de idade ou mais. As mães devem ser alertadas que o uso de mamadeiras, de bicos e de chupetas pode dificultar o aleitamento materno, particularmente quando se deseja manter ou retornar à amamentação; seu uso inadequado pode trazer prejuízos à saúde do lactente, além de custos desnecessários. As mães devem estar cientes da importância dos cuidados de higiene e do modo correto do preparo dos substitutos do leite materno na saúde do bebê. Cabe ao especialista esclarecer previamente às mães quanto aos custos, riscos e impactos sociais desta substituição para o bebê. É importante que a família tenha uma alimentação equilibrada e que sejam respeitados os hábitos culturais na introdução de alimentos complementares na dieta do lactente, bem como sejam sempre incentivadas as escolhas alimentares saudáveis. |
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