Suporte Nutricional específico versus padrão para tratamento de lesão por pressão em adultos idosos institucionalizados

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OBJETIVO: Investigar se uma abordagem nutricional específica da doença é mais benéfica que uma abordagem dietética padrão no tratamento de cicatrização de lesões por pressão (LPP) em pacientes idosos institucionalizados. 

 

ESBOÇO: Doze semanas de acompanhamento em estudo controlado randomizado (RCT). 

CONFIGURAÇÃO: Quatro instituições/casas de repouso, na província de Como, Itália. 

PARTICIPANTES: Vinte e oito idosos com lesão por pressão estágio 2, 3 e 4 de início recente.

INTERVENÇÃO: Todos os 28 pacientes receberam 30 kcal/kg por dia de suporte nutricional; destes, 15 receberam alimentação padrão (dieta de hospital ou fórmula enteral padrão; 16% calorias de proteína), enquanto que em 13 foram administrados tratamento nutricional específico que consiste na dieta padrão além de um suplemento oral 400 ml ou fórmula específica enteral enriquecida com proteína (20% das calorias totais), arginina, zinco, vitamina C e (P <0,001 para todos os nutrientes vs controle). 

CÁLCULO: A cicatrização da lesão foi avaliada utilizando-se a ferramenta de escala para cicatrização de lesão por pressão (PUSH; 0 = cicatrização completa, 17 = maior severidade) e medição da área (mm2 e %). 

RESULTADOS: Os grupos incluídos na amostra foram bem equiparados por idade, sexo, estado nutricional, ingestão oral, tipo de alimentação e gravidade da lesão. Após 12 semanas, os dois grupos apresentaram melhora significativa (P <0,001). O tratamento produziu uma taxa mais elevada de cura, a pontuação PUSH revelando uma diferença significativa na semana 12 (-6,1 +/- 2,7 vs -3,3 +/- 2,4; P <0,05) e a redução da área de superfície da lesão significativamente maior nos pacientes tratados, já na semana 8 (-1,140.9 +/- 669,2 mm2 vs -571,7 +/- 391,3 mm2; P <0,05 e ~ 57% vs. ~ 33%; P <0,02). 

CONCLUSÃO: A taxa de recuperação de LPP parece acelerar quando uma fórmula nutricional enriquecida com proteína, arginina, zinco e vitamina C e é administrada, tornando-a preferível a uma fórmula padrão, mas os dados atuais requerem maiores confirmações por estudos clínicos (ECR) de alta qualidade realizado em maior escala. 

 

 J Am Geriatr Soc, 2009. 57: p. 1395-1402.

06/02/2024

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